sexta-feira, 22 de agosto de 2008

●๋• Galileu Galilei ●๋•

Certa vez , o cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) disse: “A Matemática foi o alfabeto com que Deus escreveu o universo”. Apaixonado pelo assunto, ele resumiu nessa frase a história dessa ciência, cujo desenvolvimento foi resultado das necessidades da vida cotidiana e das observações que o ser humano faz da natureza à sua volta. Modificando substancialmente a concepção pitagórica, Galileu Galilei escreveu em 1638 que nem o comprimento, nem a tensão e nem a densidade linear de cordas apresentava-se como razão direta e imediata subjacente a intervalos musicais, mas razões dos números de vibrações e impactos de ondas sonoras que atingiam o tímpano. Considerando o som que alcançava o ouvido ao invés do objeto que o produzia, Galileu verificou que a altura musical relacionava-se diretamente à freqüência registrando rastros de arranhões desenhados numa placa metálica provenientes de uma haste vibrante solidária a uma membrana que recebia vibrações sonoras. A percepção por parte de Galileu no século XVII de que a sensação de altura musical relaciona-se diretamente ao conceito de freqüência marca o início da física da música em sua concepção atual. Tal idéia motivou esforços para o entendimento dos harmônicos musicais, já que durante este século parecia paradoxal – a princípio por parte de Mersenne – que um simples objeto pudesse vibrar simultaneamente em diferentes freqüências. O fundamento desta idéia, por meio de fórmulas matemáticas demonstrativas concretizou-se mais tarde através de Newton, Laplace e Euler. A passagem do conceito de vibração ao de onda ocorreu na associação daquela à velocidade de propagação, gerando ondas progressivas. Classificado como onda, o som ganhou uma nova dimensão que possibilitou seu estudo à luz da teoria ondulatória desenvolvida por Huygens (1629-1695), ponto significativamente estratégico na interação da matemática com a música na medida em que, compreendendo a natureza do som, torna-se possível entender, representar e manipular melhor os fenômenos musicais. No século XVIII, o geômetra e físico francês Joseph Sauver (1653-1716), fez uma descoberta importante: os harmônicos acompanham o som fundamental. Chamam-se harmônicos de um dado som, aqueles cujas freqüências são múltiplas deste som.


Fonte:
Revista Lição de Casa, Matemática, volume 1
http://www.somatematica.com.br/mundo/musica5.php

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